MPM participa de Encontro de Memoriais do MP

O V Encontro de Memoriais do Ministério Público Militar foi aberto na noite de ontem (24) na Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Alagoas, em Maceió. Antes da solenidade, os participantes da atividade visitaram o Memorial Desembargador Hélio Cabral do MP de Alagoas, que funciona no térreo do edifício-sede da PGJ e mantém em exposição permanente objetos, fotografias e documentos que contam a história do MP de Alagoas.

A abertura do Encontro foi feita pelo procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, que destacou o trabalho dos integrantes do MP de Alagoas na preservação da memória da instituição. Em seguida, o procurador de Justiça Lean Antônio Ferreira de Araújo, chefe daquele MP quando da criação do Memorial Desembargador Hélio Cabral, ressaltou a importância dos memoriais na formação dos cidadãos, especialmente os jovens, atuando como uma extensão da escola, revelando a história do Ministério Público e o que ele tem feito na luta pelos direitos coletivos, difusos e indisponíveis da população. O procurador de Justiça Militar Clauro Roberto de Bortolli, representando o conselheiro do CNMP e procurador de Justiça Militar, Antonio Pereira Duarte, compôs a mesa de abertura do evento, que também foi prestigiado pelo subprocurador-geral de Justiça Militar e presidente da ANMPM, Giovanni Rattacaso.

Seguindo com a programação, o presidente do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, falou sobre a importância da preservação da memória brasileira. Ele iniciou a palestra abordando o papel de guardião e zelador do patrimônio histórico, cultural e artístico brasileiro concedido ao Ministério Público pela Constituição Federal de 1988.

Ângelo Oswaldo fez uma síntese da evolução das políticas culturais em defesa do patrimônio histórico. “Não se preserva a história apenas por preservar. Preserva-se para produzir referências, memórias, símbolos. O homem está sempre produzindo signos, e é nesse universo de signos que construímos a cultura. Sem o resgate de nossa origem, é impossível produzir algo realmente original”, destacou.

O presidente do IBRAM comentou ainda sobre a relação próxima existente entre o abandono da memória, do patrimônio, e o aumento da criminalidade. “Sem patrimônio histórico perdemos também referências, não criamos laços afetivos com o espaço que habitamos, o que contribui para o aumento da violência urbana. O cuidado com nossa história também faz parte do processo de consolidação da cidadania e da democracia em nosso país”, declarou.

Finalizando seu pronunciamento, Ângelo Oswaldo parabenizou o MP pela atuação na salvaguarda da memória do país e pelas ações desenvolvidas na preservação de sua própria história por meio dos memoriais. O V Encontro de Memoriais do Ministério Público Militar prossegue até sexta-feira (26) com a participação de representantes do Ministério Público de 16 estados. Ao final do encontro, os participantes vão elaborar a Carta de Maceió contendo políticas para a área de memória do MP Brasileiro.