A Procuradoria de Justiça Militar em Campo Grande está acompanhando o Inquérito Policial Militar aberto para apurar os fatos e as responsabilidades dos envolvidos na apreensão de caminhão do Exército que transportava três toneladas de maconha na região de Campinas, no último domingo (28).

Na operação, três cabos do Exército, lotados no 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20º RCB), sediado em Campo Grande/MS, foram presos pela Polícia Civil de São Paulo. Os três militares flagrados estão presos em um batalhão de Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), os militares informaram que saíram do 20º RCB após afirmarem que tinham ordem para transportar serragem para um quartel. Eles foram até Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e carregaram o veículo com 3,2 toneladas de maconha e vieram para São Paulo. O Denarc já monitorava uma quadrilha de traficantes de drogas que usava um espaço abandonado em Campinas para guardar a droga. Ao chegar à estrada, os militares trocaram tiros com policiais civis do Departamento.

Em nota, o Comando Militar do Oeste declara que os militares serão expulsos do Exército. Afirma ainda que “procederá minuciosa investigação na Organização Militar de onde os militares e a viatura são oriundos, com o objetivo de corrigir procedimentos de segurança, para que falhas desta natureza não voltem a ocorrer”.

Além dos militares, outros dois homens, que tentaram fugir em outro veículo, também foram presos. Segundo a Polícia Civil, eles teriam ido à empresa desativada para pegar a maconha. Foi apreendida uma pistola de calibre 380, com numeração suprimida, utilizada pelos cabos e mais uma van, abandonada por outros criminosos que escaparam.