Atendendo a pedido da 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília e decisão da 2ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar Justiça Militar da União foram cumpridos, nesta manhã (18), mandados de busca e apreensão e prisão de militares e civil envolvidos em esquema de tráfico de entorpecentes que culminou com a prisão do sargento na Espanha transportando 37 quilos de cocaína em aeronave militar da Aeronáutica.

Foram presos preventivamente três militares (um tenente-coronel e dois sargentos) e a esposa do sargento preso na Espanha. Um ex-soldado da Aeronáutica, cunhado do militar preso na Espanha, também com prisão decretada, não foi encontrado. Foram apreendidos ainda computadores, celulares e documentos dos militares presos e da atual e da ex-esposa do sargento preso na Espanha.

Pedido de desarquivamento do Inquérito Policial Militar solicitado pelo Ministério Público Militar em Brasília também foi deferido pelo juiz Federal da Justiça Militar, em razão de novas provas surgidas a partir de quebras de sigilo telefônico e telemático, que revelam o provável envolvimento de outros militares da Aeronáutica e civis em esquema de tráfico ilícito de entorpecentes.

Os novos elementos surgidos evidenciam que, pelo menos em duas oportunidades, no dia 30/4/2019 e 25/6/2019, quando foi preso, o sargento transportou considerável quantia de substâncias entorpecentes para a Madrid e Sevilha, na Espanha. Também surgiram indícios fortes do envolvimento de outros militares na prática ilícita de transporte de substâncias entorpecentes para o exterior.

Denúncia recebida – O sargento preso na Espanha foi denunciado pela 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília por transportar 37 quilos de cocaína em aeronave da FAB, utilizada em apoio à presidência da República, que participaria de reunião do G-20, no Japão, cujo voo tinha escala em Espanha, ocasião em que foi preso no aeroporto internacional de Sevilha, em flagrante delito com a referida droga. A denúncia foi recebida e o militar responde a processo por tráfico internacional de drogas, crime previsto art. 33 da Lei 11.343/2006, com os agravantes dos incisos I e II do art. 40, da mesma lei, por ter praticado o crime no exercício de suas funções públicas no exterior.