
A Operação Química, conduzida pela Procuradoria de Justiça Militar em Bagé (PJM Bagé/RS), deflagrada em 2019 para apurar fraudes em licitações e corrupção na aquisição de gêneros alimentícios por unidades da Marinha e do Exército Brasileiro, recebeu dois apartamentos em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, como parte do acordo firmado com o colaborador. Os apartamentos, de 96,52m² e 79,33m², avaliados em 665 mil reais e 517 mil reais, respectivamente, foram repassados ao Exército Brasileiro.
Mais de 23 denúncias já foram apresentadas. Foram celebrados dois Acordos de Colaboração Premiada que contribuíram com as investigações, resultando na entrega de sete imóveis às Forças Armadas como forma de ressarcir os danos causados ao erário. A Operação ainda conta com mais de uma centena de Acordos de Não Persecução Penal e diversas medidas de bloqueio de ativos dos réus.
Os valores obtidos em Acordos de Colaboração Premiada somam cerca de 4 milhões de reais de ressarcimento aos cofres públicos. O montante não considera o sequestro de bens dos investigados e Acordos de Não Persecução Penal firmados. Outras quatro casas em Uruguaiana e uma casa em Rio Grande, cada uma avaliada em 500 mil reais cada, também já foram recebidos e entregues ao Exército e à Marinha.
Química – o termo refere-se à prática ilegal de substituir produtos contratados via licitação por outros mediante acordo informal entra fornecedores e militares. Foram identificadas diversas ilegalidades como troca de produtos licitados, superfaturamento, direcionamento de compras, falso recebimento de mercadorias que não foram entregues e corrupção.






























