PJM Juiz de Fora denuncia soldado que matou colega

A Procuradoria de Justiça Militar de Juiz de Fora ofereceu denúncia contra um soldado da Escola Preparatória de Cadetes do Ar – EPCAR pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), art. 242, § 3º c/c 70, “d” e “m”, ambos do Código Penal Militar. O denunciado executou seu colega de farda, com um tiro na cabeça, com o objetivo de ficar com a motocicleta da vítima. A denúncia já foi recebida pela Auditoria da 4ª Circunscrição Judiciária Militar.
O crime ocorreu em 24 de outubro de 2012, às margens da Rodovia MGT-265, próxima à cidade de Barbacena. Na ocasião, o soldado negociava a compra de uma motocicleta HONDA/CBX 250 Twister e havia combinado com a vítima uma viagem para a buscar o dinheiro para o pagamento. No trajeto, o denunciado parou a motocicleta, sacou a Pistola 9mm que levava consigo, e disparou um tiro contra a cabeça de seu colega, que acabou falecendo por traumatismo crânio-encefálico.
Ressalte-se que a pistola utilizada no crime foi furtada da EPCAR em setembro de 2012, junto com um carregador e oito projéteis, sendo que o soldado já havia sido denunciado pela PJM Juiz de Fora, conforme o processo FO 0000068-17.2012.7.04.0004.
Após a prática do crime, o denunciado fugiu para a residência de seu pai, em Alto Rio Doce/MG, levando a motocicleta e a arma empregada na prática do crime. Posteriormente, a Pistola 9mm, o carregador e sete munições furtadas da Escola foram apreendidos naquele local, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Militar. A moto foi encontrada no estacionamento do Batalhão de Infantaria, já a chave, a placa e os documentos estavam no armário utilizado pelo denunciado, tudo na EPCAR.
Em sua primeira inquirição, o denunciado chegou a negar a prática do crime. Contudo, diante dos diversos elementos de prova presentes nos autos, acabou por confessar que foi o responsável pela morte do colega.
De acordo com as investigações, o denunciado já vinha, há algum tempo, praticando pequenos furtos, pelo menos dois outros inquéritos foram instaurados para apurar seu envolvimento com a subtração de um celular e de uma certa quantia em espécie, de seus colegas de farda da EPCAR.