PGJM participa de recepção ao Nobel da Paz Kailash Satyarti, em Brasília

O procurador-geral de Justiça Milital (PGJM), Antônio Pereira Duarte, participou na sexta-feira (4/8), da recepção ao Prêmio Nobel da Paz Kailash Satyarthi durante a conferência “O fim do trabalho infantil como imperativo da democracia e da justiça social”, promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Kailash, desde 1980, combate o trabalho e a escravidão infantil. Ele é fundador do Movimento “Salve a infância”, que já resgatou mais de 85 mil crianças na Índia.

O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, abriu o evento e afirmou que a presença de Kailash “é a personificação da importância do combate ao trabalho infantil e ao trabalho análogo ao de escravo para o rompimento da perpetuação do ciclo da pobreza e da desigualdade social”.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Lelio Bentes, afirmou que Kailash é a “pessoa capaz de alimentar esse fogo de cidadania, de compaixão e de determinação para lutar pelo que verdadeiramente importa”.

Para a coordenadora nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes do MPT, Ana Maria Villa Real, a conferência é um momento muito especial e inspirador, porque ocorre num momento de reconstrução de direitos, de novos ares no país.

Ela destacou que a plateia era composta majoritariamente por adolescentes aprendizes e lembrou a luta nos últimos anos para garantir a manutenção do instituto da aprendizagem profissional, bem como para impedir a redução da idade mínima para o trabalho. “No Brasil, a defesa da infância requer paixão, sangue nos olhos, além de ter que falar o óbvio o tempo inteiro”, concluiu.

Em sua palestra, Kailash Satyarthi afirmou que o Brasil é sua segunda casa e que se sente entusiasmado porque a esperança irradia do povo brasileiro, mas também lamentou a incidência de trabalho infantil no Brasil e no mundo. “Se 160 milhões de crianças continuam trabalhando, então parte da sociedade é negligenciada. Se somente uma criança for submetida ao trabalho infantil, então estamos falhando com a democracia”, afirmou. (Com informações da Secom/MPT)


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