Campanha Setembro Amarelo 2019 – Prevenir é possível

O suicídio é um fenômeno multifacetado que pode afetar sujeitos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido. Saber identificar os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. Se você está planejando tirar sua própria vida ou conhece alguém que esteja tendo tais pensamentos, saiba que você não está sozinho. Muitos já passaram por isso e acharam uma forma de superar esse sofrimento.

Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis e pode ser muito difícil saber que medida tomar e como superar esses sentimentos, mas existe ajuda disponível. Procure alguém em que você confie para conversar. Não tenha medo de pedir ajuda, você pode necessitar de alguém que te acompanhe e te auxilie a buscar os serviços de suporte.

VERDADES:

  • Em geral, os suicídios são premeditados, e são dados sinais de suas intenções.
  • Identificar os sinais de alerta e disponibilizar apoio ajudam a prevenir o suicídio.
  • A expressão do desejo suicida nunca deve ser interpretada como simples ameaça ou chantagem emocional.
  • Indagar sobre a intenção de suicídio não amplia nas pessoas o desejo de cometer o suicídio.
  • Nem todos os suicídios estão associados a outros episódios de suicídio na família.

MITOS:

  • Quem avisa não se mata.
  • O suicídio não pode ser prevenido.
  • Pessoas que falam sobre suicídio só desejam chamar a atenção.
  • A pessoa que supera uma crise de suicídio ou sobrevive a uma tentativa não tentará novamente.
  • Falar sobre suicídio pode motivar sua realização.
  • O suicídio é hereditário.

ALGUNS SINAIS DE ALERTA

Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita” para identificar seguramente uma crise suicida em alguém. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar sinais que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos.

O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas também devem ser considerados.

É necessário ser compreensivo, além de estar disponível para conversar e escutar a pessoa sobre o porquê de tal comportamento, criando um ambiente acolhedor, sem julgamentos. Conversar abertamente com a pessoa sobre seus pensamentos suicidas não a influenciará a completá-los. Experimente ajudar a buscar ajuda profissional.

ATENÇÃO:

  • Quando há preocupação com a própria morte: pessoas que desejam cometer suicídio costumam falar sobre morte mais do que o habitual.
  • Alguns comentários que merecem atenção: “Vou desaparecer”; “Vou deixar vocês em paz”; “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”;“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”.
  • Isolamento: quando a pessoa não atende telefone, não está interagindo nas redes sociais como anteriormente, permanece muito tempo em casa, cancelando presença em atividades sociais, especialmente aquelas que gostava de participar.
  • Outros fatores que merecem atenção: exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado. Estes podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser considerados se o sujeito apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.

 

O que FAZER diante de uma pessoa com risco de suicídio?

  • Encontre um momento adequado e um lugar tranqüilo para falar sobre o assunto com essa pessoa. Deixe-a entender que você está lá para escutar, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
  • Motive a pessoa a procurar ajuda de um profissional, como um médico, profissional de saúde mental, conselheiro ou assistente social. Se disponha em acompanhá-la a uma consulta.
  • Se você entender que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Busque ajuda de profissionais de serviços de emergência, um serviço telefônico de atendimentos a crises, um profissional de saúde, ou consulte algum familiar dessa pessoa.
  • Se a pessoa que com quem você está preocupado (a) vive com você, assegure-se de que ele (a) não tenha disponíveis meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.
  • Permaneça em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

O que NÃO FAZER diante de uma pessoa sob risco de suicídio:

  • Condenar/ julgar: “Isso é covardia ”. “É loucura”. “É fraqueza”.
  • Banalizar: “É por isso que quer morrer? Já passei por coisas bem piores e não me matei”.
  • Opinar: “Você quer chamar a atenção”. “Te falta Deus”. “Isso é falta de vergonha na cara”.
  • Dar sermão: “Tantas pessoas com problemas mais sérios que o seu, siga em frente”.

Onde buscar ajuda?

Serviços de saúde CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).

Centro de Valorização da Vida – CVV Telefone: 188

Emergência SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.

Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/folheto-popula—-o.pdf