O Ministério Público Militar esclarece que as investigações acerca da operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com o apoio das Forças Armadas, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo/RJ, em 11 de novembro de 2017, estão em curso pela Procuradoria de Justiça Militar no Rio de Janeiro.

Todos os integrantes do Exército que estavam nos blindados na operação do dia 11/11 já foram ouvidos, alguns deles mais de uma vez. Diferentemente do que afirma a Human Rights Watch em comunicado divulgado nesta data (22), o membro do MPM que atua no procedimento, não satisfeito com alguns depoimentos colhidos pelo Exército, esteve em Goiânia, no dia 18/11, para questionar pessoalmente alguns dos militares que participaram da operação. Ressalte-se que as armas que os militares portavam na referida data encontram-se acauteladas.

Contudo, até o momento, o MPM não dispõe de todas informações necessárias para a conclusão das investigações. Algumas diligências essenciais para o desenvolvimento do caso, requeridas à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, ainda não foram respondidas. Entre as diligências pendentes: perícias, depoimentos, fotografias, cartuchos recolhidos no local dos fatos.

O MPM é solidário à dor das famílias que perderam seus entes naquela data, compreende o interesse da Human Rights Watch no esclarecimento dos fatos, embora considere equivocados alguns argumentos e informações utilizados no comunicado, e reforça que está empenhado no detalhamento de toda a participação das Forças Armadas naquela operação.